segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Nossa Arte

É parecido. Não comigo, não com algo físico, parece mais uma sensação. É um sentimento, algo que faz com que o estômago congele e o coração pare e volte a bater mais forte do que nunca.
É uma forma de expressão. Definitivamente também é uma forma de expressão. Afinal usa palavras, sons, métodos(mesmo sem saber) estudados por milhares de pessoas...
É uma continuação. Não deixa de ser, por mais diferente e original que pareça vem de algum lugar, apesar de ser inédito.
É felicidade. Afinal concluir trabalhos como esse não é fácil. Requer tempo ,experiência, disciplina e nem sempre há o reconhecimento do público. Bem como tantas coisas nessa área é difícil definir, cada pessoa que tem acesso de uma forma, entende de uma forma. Os autores as vezes se sentem até ofendidos com as diversas formas de interpretação.
É livre. Tem vida própria, nós até que tentamos dar um rumo a historia mas segue por si só em algum momento...
É o fruto. Não apenas do ventre da pessoa amada mas também do seu companheiro. É a coisa mais especial que se pode fazer junto a outro ser humano. É parte de mim, é a mais forte definição da palavra amor.
Meu filho.


Arthus Nunes

domingo, 30 de agosto de 2009

Surpresa

Embalado por essa indescritível dor , em ti me refugio.
Dilacerado pela iminência da partida só a ti me confesso, sem saber que ai dentro uma parte minha já reside, já vive. E somos um, no momento mais maravilhoso vivido, transformando amor em matéria , em vida, em nosso fruto.



Arthus Nunes

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Tu

Quando me fazes um poema
sou aquilo que escreves.
Sou parte em teu dilema
tornando pesadas coisas leves.

Quando sussurras o meu nome
sou palavras feitas de vontade
Sou ser inteiro , pleno, vivido.
Aliviando tua fome de verdade.

Quando me fitas com o olhar
transformas todo o teu redor
arrebata-me do que é saudade.
Fazendo de mim... melhor.

Arthus Nunes

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Mutação parte II

Não sou igual...
Não haveria de sê-lo depois de tantos momento incomuns.
Das experiências meticulasomente vividas e esquadrinhadas,
até ser achada a parte não febril, saudável, de mim.



Arthus Nunes

sábado, 25 de julho de 2009

Vida ao acaso!?

Em um dado momento de um certo dia alguém, que hoje me parece um simples tolo, ousou falar de como as dificuldades da vida pode nos tornar incapazes de prosseguir, de continuar, de ser um aficionado pela propaganda do Johnnie Walker e continuar na caminhada. Outro não sei se tão tolo quanto quis provar que o contrario era verdade que a dificuldade nos ensina a viver. Cansei desse papo e resolvi parar de abalizar, de medir, de pensar, de tentar achar explicações para tudo que acontece ao meu redor. Não sabia se escrever seria fuga ou apenas uma atividade forçada, se meus sentimentos seriam meus ou reflexos de outrem, se um blog serviria pra desabafar pra estranhos e assim ser satirizado/ajudado ou simplesmente para publicar aquilo que achamos necessário ou importante para que assim possamos ser vistos de uma forma melhor, maior, mais inteligente. E neste momento invadido pelo furor de um desabafo me sinto feliz, cheio de vida e de memoria. Pois não sou formado apenas das doces nostalgias nem pelo puro desapego do passado. Não sou aquele velho sábio com resposta pra tudo nem completamente a criança vislumbrada a cada imagem nova que seus olhos tem contato. Não importa os extremos, vivemos no meio. Amando no meio de nosso jeito, vivendo no centro de nossa vida, criando o núcleo do próximo momento. Achando em algo um motivo pra prosseguir. Vivo. E por acaso achando uma forma de ser pleno. Creio que este "acaso" tem sido de uma maravilhosa bondade para comigo. Obrigado.


Arthus Nunes
(voltando melhor do que saiu desse acaso ambulante.)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Vislumbre

Fechar os olhos, sentir o futuro se aproximando, temido, difícil e maravilhosamente aconchegante.
É assim que se vai em frente, que se sente bem, feliz.
Assim que vivo não que sonho.

Arthus Nunes

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Para mim...


"Quero lhe implorar

Para que seja paciente
Com tudo o que não está resolvido em seu coração e tente amar.
As perguntas como quartos trancados e como livros escritos em língua estrangeira.
Não procure respostas que não podem ser dadas porque não seria capaz de vivê-las. E a questão é viver tudo. Viva as perguntas agora.
Talvez assim, gradualmente, você sem perceber, viverá a resposta num dia distante.
erá a resposta num dia distante."

Rainer Maria Rilke


sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dos dias...

que passaram por nós
que nem sequer notamos banhados nessa vontade de viver.
De estar perto.
Dias, mesmo antes de ser nomeados, já nossos...

dos dias que interfere. que invade. que manipula.
que estremece e em tudo incríveis.
dos dias que a tudo atrasa, na nossa conjectura.
que nos rouba.
dias de destino reais.

dos dias roubados, de dor, de saudade que teima.
dos dias chorados, amados, sofridos e forjados.
dias em que nada consola.
dias presos e fixos na memória.

dias com vida eterna própria, inacabáveis.
tais dias nossos, desfeitos ao encontro.
dias de confronto.

dias de encontro.
dias de mim e você.
dias sem mim... sem você.
dias de mim em você
dias de mim completo você.
dias inteiros.

dias de encontros e partidas
dias de plenitude e maravilhas
dias de consolo e abandono.
dias de mim em seu dono.

os dias os quero sim, os nossos dias...
esses quero que se repitam das maneiras mais diferentes possíveis.

Arthus e Ana

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Nós Pós parte 23

O Nós Pós parte 23, realizado quarta-feira, dia 10/06/09, no Burburinho deu um show de entretenimento de qualidade. Não teve jogo do Brasil certo! Pontos para a escritora, atriz atriz e membro do grupo Vozes Femininas Silvana Menezes, pro escritor Johnny Martins, pro escritor e blogueiro Arthus Nunes, pro stand up comedy e escritor Sr. Xavier, pro escritor Gustavo Arruda e pro ator Eduardo Gomes, que interpretou os textos de Gustavo. Também pra apresentadora convidada, a escritora e jornalista Renata Santana.

post by http://nospos.blogspot.com

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Quarto escuro.

Escrevo no escuro para continuar a não enxergar aquilo que dentro em mim. Assim não é preciso entender, explicar. Apenas expurgo aquilo que incomoda e não me deixar dormir.
Escrevo no escuro por uma necessidade de sentir. Sentir as palavras delineando o papel de maneira própria. Rabiscado ilegível aos olhos mas não ao tato.
Escrevo no escuro por medo que a luz desvende os mistérios e (d)efeitos das minhas palavras.
Escrevo no escuro porque é a única forma de escrever-me.

Arthus Nunes

25.05.09

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Rotina

Exercício de enganar a dor.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Hoje nada de escrever...
Para que criar mais?
A literatura deve ser consumida, apenas isso.


Arthus Nunes

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Nossas palavras

Sinto um amor.
Dos vários que fazem parte de mim o mais forte e constante.
Transborda. E como colocar pra fora? Falando? Amando? Amando-te ao falar!

Ti amo
em meio a cliches e rimas pobres...
Ti amo
com aliterações e metáforas
Ti amo
com ou sem ortografia correta
Ti amo
mesmo que a língua não possa transmitir tudo.
Ti amo
Teimo, falo, grito, perturbo, invado.
Ti amo.

Para aquela que me tomou pela alma e me levou até as palavras, as boas palavras.

Arthus Nunes


P.S- E é com "I" mesmo pra lembrar do sutaque.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Tristeza fantasiada

Em um dia que se predispõe a ser ruim, as palavras em mim marcadas não são nada leves ou suaves. Não consolam ou ajudam. Não querem dizer muita coisa, simplesmente confundir a mim e a todos. São difíceis, difíceis que encontram uma forma de fluir: Como música. Músicas confusas como as tais palavras de um dia confuso embora verdadeiro. Onde até as máscaras estão cansadas. Onde se precisa deitar a cabeça no colo e adormecer, sempre que possível abrindo o olho para ter certeza de onde esta, de quem esta, de quem se é...


Arthus Nunes

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Movimentos Autônomos

Debatia-se em seu leito pelo simples fato de não querer se movimentar, ou apenas por querer o próprio movimento, afinal era humano. Não aceitava simplesmente que algo fizesse se mover de forma incompreendida e mal quista. Sonhava em ser livre, mover-se para onde queria e quando o queria. Sonho esse que era atrapalhado por muito mais do que as circunstancias de sua vida, era atrapalhado por movimentos, que apesar de seus, não tinham nada a ver com o verdadeiro ser. Embora o prefixo "auto" estivesse presente não havia muito de si mesmo. Assim como em outras ocasiões era levado por outra parte. Autofágico, auto destrutivo, autônomo: Movimento das partes de si não apresentadas na capa.
Debatia-se até compreender o que era preciso fazer. Ate onde seria preciso lutar. E ao entender o seu objetivo conseguia por fim descansar, relaxar, fechar os olhos e controlar os próprios movimentos. Ou parte deles.


Arthus Nunes

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Para não sair do mundo dos sonhos...

Para não sair do mundo dos sonhos, vivo a sonhar, seja acordado, dormindo, em mim, em outrem, calmo ou discutindo.

Para não sair do mundo dos sonhos, os escrevo, os falo, os vivo.

Para não sair do mundo dos sonhos simplesmente teimo e não aceito a realidade.Faço melhor, a transformo em mim, em sonhos.

Para não sair do mundo dos sonhos a receita é simples: Uma cama de solteiro, lençol, chuva lá fora e a mulher que ama invadindo tudo isso e se fazendo "presente!".

P.S- É facultado o uso do clichê.


Arthus Nunes

terça-feira, 14 de abril de 2009

Despertar?

Encerra a noite
cerro os olhos.
Vejo as luzes
Que brotam de dentro.

Raia o dia
Escondo os olhos
Para que não possam abrir.
Não antes de ti posicionares
a frente deles, onde deves estar.

Arthus Nunes

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Quem sabe um poema!?

Arthus... diz:
hum
ok
as palavras estão tão longe assim?
ana diz:
que nada
elas estão bem pertinho
Arthus... diz:
Então pega elas, pega as danadas, amarra tds juntas
e joga
joga em mim, joga no papel
joga ao vento
abusa delas, canta , fala, escreve.
é bom quando elas estão perto, da pra fazer uma farra...


Arthus e Ana

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Fase minimalista.

...





"Só isso?"

"Quer mais? Procura uma epopeia."


Arthus Nunes

Anoitecer liricamente.

Ao me deitar mergulho em travesseiros usados cheirando a amor.
Fecho os olhos e abro em mim uma eternidade chamada saudade.


Arthus Nunes

Amanhecer lírico.

Abro os olhos nos teus, que estão fechados por um forte sonho que teima em não ti larga...

...o meu.


Arthus Nunes

sábado, 28 de março de 2009

Movimentos Autônomos

Debatia-se em seu leito pelo simples fato de não querer se movimentar, ou apenas por querer o próprio movimento, afinal era humano. Não aceitava simplesmente que algo fizesse se mover de forma incompreendida e mal quista. Sonhava em ser livre, mover-se para onde queria e quando o queria. Sonho esse que era atrapalhado por muito mais do que as circunstancias de sua vida, era atrapalhado por movimentos,que apesar de seus, não tinham nada a ver com o verdadeiro ser. Embora o prefixo "auto" estivesse presente não havia muito de si mesmo. Assim como em outras ocasiões era levado por outra parte. Autofágico, auto destrutivo, autónomo: Movimento das partes de si não apresentadas na capa. Debatia-se até compreender o que era preciso fazer. Ate onde seria preciso lutar. E ao entender o seu objetivo conseguia por fim descansar, relaxar, fechar os olhos e controlar os próprios movimentos. Ou parte deles.


Arthus Nunes
28/03/09

quarta-feira, 25 de março de 2009

Ex-Hobby's
Ex-vícios
Ex-amores
Ex-dores
Ex-medos
Ex-formas
Existir...

terça-feira, 17 de março de 2009

Mutação Parte I

Nada é igual...
Não há como ser depois de tantos momentos vividos.
Ate a temperatura do meu corpo teima em não ser mais a mesma. Os termometros, ignorantes que são, insistem em dizer que é febre e que não é normal. É o meu normal.

Arthus Nunes

07/08/09

segunda-feira, 9 de março de 2009

Paisagem

Silencio de fim de tarde...
O mar bate nas ondas enquanto a rede balança, sem esforço, levemente embalada pelo vento. O cheiro do mar se confunde com o teu num turbilhão de sensações que inunda e completa.
Palavras despretensiosamente sussurradas cria a única e necessária trilha sonora para tal momento.
Assim inicia um sonho, continua a vida e realiza-se.

Arthus Nunes

sábado, 7 de março de 2009

Memórias

Brincando de se esconder...
Em cada esquina, em cada sorriso...
Tentando não esquecer...
tua menina, teu improviso...

Olho pro lado...
Surpresa: Você!
Coloco a mão ao lado.
Espaço...cheiro...presença.

Em cada esquina, em cada lado.
Em cada lembrança, cada momento.
Fecho os olhos e simplesmente
recebo tua visita em meu mundo dizendo:
Permaneça!

Arthus Nunes

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Sinais de fumaça.

Da dor que brota da falta
Brota algo mais, falta algo mais.
Na penumbra de forte sentimentos
há algo de angustia, pouca paz.

No jogo do claro-escuro
as personas se confundem.
Brincam. Brigam. Vivem!?
As vezes escondendo o que procuro.

Das certezas que brotam do amor
Brota algo mais, ama-se mais.
E por mais difícil que seja
sabe-se que só o sentir traz paz.

(Ti amo.)

Arthus Nunes.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O que quero!?

Quero correr pelas madrugadas.
Amar, viver, constranger.
Comer uma bela picanha depois de me tornar uma só carne.
Quero Carnaval sem fim.
Ouvir frevos, cirandas, caboclos, maracatus em tambores silenciosos
fazendo meu coração parar e batucar em seu ritmo.
Quero ler eternos livros feitos de vida, ou impressões dela.
Quero escrever sentimentos não tão claros quanto os papeis que vão exibi-los.
Quero ser maior. Fazer minha voz ecoar pelas terras secas, e também nas mal educadas, de meu pais.
Quero compartilhar minha vida e felicidade com as pessoas que me amam.
A propósito, quero sim ser amado.
Quero ouvi-la sussurrar segredos em plena madrugada em meus ouvidos.
Quero enfrentar medos, e vence-los.
Mas também quero perder.
Perder para as minhas vontades, realizando tudo o que quero.


Arthus Nunes.