terça-feira, 25 de março de 2008

Ouve.

Levanta-te, sai deste estado de coma
induzido pelo desânimo que estás.
Transporta-te daqui para onde sejas pleno,
e não fiques ai deitado na lona.

Não precisas ser encontrado.
Nem resgatado de dentro de ti.
Apenas volta, mesmo que desgastado.
E dizes a todos: Sobrevivi!

Arthus Nunes.

domingo, 23 de março de 2008

Das profundezas...

Na profundeza de tudo aquilo que me encontrava pensei eu que não conseguiria sair, não sem sofrer grandes danos naquilo que chamamos de vida real. Mas afinal o que sabemos de danos? Só sabemos se algo foi danificado quando comparado a outras coisas, outras vidas, outras situações, então nunca como saber.
Ter as certezas abaladas, os alicerces fragilizados não é algo fácil de se viver, porem é útil. Faz pensar sobre tudo o que somos e podemos ser, nos mostra que até as coisas mais fortes em nossas vidas podem desmoronar e/ou mudar. Isso nos ajuda a perceber que somos humanos. E assim sendo, somos limitados. E assim sendo, sentimos. E assim sendo, podemos mudar e procurar ser mais. E fazer mais do que simplesmente sobreviver.


Arthus Nunes

quarta-feira, 19 de março de 2008

Das mentiras mais verdadeiras

A ti nunca proferi uma mentira!
Não, ao menos que em mim não fosse uma verdade absoluta.
Afinal, o que é uma mentira senão uma outra forma de contar a realidade!?
Sim porque ela, a realidade, é a verdadeira vilã(e isso não é mentira).
Se o nosso algoz nos persegue,incomodando-nos cada vez mais, e não podemos nos livrar.
Então enganamos , enfrentamos e enfeitamos. O meu algoz é a realidade. E se distorcê-la é mentir, sou o mentiroso mais verdadeiro e sincero que há.
E será que há?


Arthus Nunes.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Produção

Se conseguisse eu transformar em palavras verdadeiras aquilo que sinto, isso ja não seria um problema, mas sim um produto. Podendo então ser consumido por outros que nem se quer imaginam o quão sôfrego é o pensar daquele que escreve e quão doloroso e difícil é produzir um poema.

Arthus Nunes