segunda-feira, 28 de julho de 2008

Poemas encardidos

Estudar por amar, ler por prazer.
Esquadrinhar a escrita, tentar entender
O sentimento guardado, ali enterrado
Até desbotado de tanto guardado.

Imagino o momento, perdido e atento
Onde as palavras brotaram e assim encharcaram
Um pouco sonolento o mais doce lamento.
E a emoção contida dos que encontraram

Tal raridade , o desabafo literário.
Daqueles que outrora viveram,
E portanto desenterraram a vida.

De poetas revolucionários
Que a existência toda passaram
Desvendando os caminhos da escrita.


Arthus Nunes


quinta-feira, 24 de julho de 2008

Hospedeiro

E uma louca felicidade me cerca.
Vendo se em mim a loucura é real.
Para daí então se instalar
Fazendo de mim habitat natural.

Digo a todos que não há parasita melhor
Sejamos todos hospedeiros de tal sentimento,
Espalhando-se em progressão geométrica
Arruinando qualquer espécie de sofrimento.

Mas só há uma formar de contaminar,
O hóspede só procura uma formação, o par.
Não conseguindo sobreviver na singularidade.

Onde o meio é agressivo e poluente
Procura um par único, sem antecedente.
E se multiplica criando mais felicidade.


Athus Nunes



domingo, 6 de julho de 2008

Sem força para forçar a escrita.
Sem forca para matar a saudade
Sem meio de mudar o que fica
Como se mata saudade?



Arthus Nunes