quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Marginal

Ser poeta marginal é estar à margem,
à margem do verso, à margem da forma
Utilizando tudo o que transforma
Para a criação de uma margem.

Na margem, onde não há redondilhas
Maiores ou menores.
Onde alexandrinos, são pessoas com nome engraçado.
Onde os sonetos se tornam obsoletos e incapazes
De representar tudo o que se sente.

Disseram-me uma vez que o marginal,
Sem ser poeta, seria a praga de uma sociedade.
Pois afirmo que o poeta, sem algo de marginal
É tolo e esse sim uma praga.

VIVA MIRÓ, FERNANDO CHILE, FRANÇA, CHICO!
Todos que marginalizaram o verso e constrangeram o perverso.


Arthus Nunes

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