terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Poeta

"O poeta é um poeta, e apenas isso."
Falou o que de muito sabia.
Só nao mostrou em sua agonia
A razáo para seu semelhante suplício.

Eu que também não o sei
passoa vida a suplicar
Nos meus versos simples e a pensar.
O quão importante e insano seria trovar.

Por quais motivos e de que modo
Poderia compor alucinações literarias.
Seria pelo existir?Ou simplesmente pelo amar!?
Mesmo as duas parecendo contrarias.

É simples o que digo:
Não sei por que escrevo e nem por que existo.
Só sei que existo porque escrevo
E nao escrevo porque existo.

Arthus Nunes

domingo, 11 de novembro de 2007

Palavras vazias

Porque não me bastam o elogio tolo de palavras vazias
Pois o q vale é o coração marcado ,vivo e que chore
Que compreenda o que não deve ser compreendido.
Elogios de palavras vazias são para os tolos, pois deles precisam para viver.
Mais vale o sentimento da pura,e nem sempre maravilhosa, verdade
Vale que entendam, e não se deixarem ludibriar pela beleza de formas e cores.
Não quero que minhas palavras soem bonitas aos ouvidos e sim que sejam cortantes para os corações .
Assim como uma espada fincada na pedra é esse o sentimento de dor e assombro
Que se misturam em um momento obscuro do qual os raios do luar
Somem como num eclipse, e a luz já não vista , e a vida já não existente que se encerrem
Em um ultimo momento, um suspiro de dor, e o fim.morte


Arthus Nunes

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Philos

Philos

Uma pessoa a outra entrega
Tudo de puro e sagrado que tem
E nada a este próximo nega
Pois ,ao seu lado, não teme ninguém.

Se pensas que é loucura
Usufruir deste sentimento
E queres tomá-lo por usura
Então vais só ,oh avarento.

A verdade é que tal amor
Sobrepõe-se a compreensão
Dos homens, que só conhecem a dor.

E dessa relação pouco entendida
Brota esse fenômeno magistral
Que é o relacionamento interpessoal.



Arthus Nunes

domingo, 4 de novembro de 2007

Assimetria pós-moderna



Aqui despeço-me de rimas e futilidades
Danem-se os efeitos e adornos.
Serei cru, intenso, inconstante, eu...
Falarei com o corpo e o com a mente.

Não temerei criticas
Não bajularei formas...
Apenas falarei e falarei.
Sem temer ser moderno ou parecer parnáso.
Mudando métrica e conteúdo.

Rimando e contando quando
as palavras assim quiserem.

E por fim um verso. Assimetria pós-moderna.


Arthus Nunes